ACNE

A acne é uma doença inflamatória que acomete o folículo pilossebáceo. É mais frequente na adolescência (Acne vulgar),  mas pode persistir na vida adulta afligindo mulheres maduras (Acne da mulher adulta).

Mesmo formas leves e moderadas podem estar associadas a grande impacto na auto-estima e ser fator gerador ou agravante de quadros de ansiedade e depressão. Além disso, se não tratada pode levar a formação de cicatrizes permanentes.

Existem diversos fatores que associados contribuem para o surgimento da acne: 

– fatores genéticos: A acne é muito mais frequente em adolescentes cujos pais também tiveram na adolescência. Além disso, em indivíduos geneticamente predispostos apresentam glândulas sebáceas maiores, mais ativas e há uma tendência a  formação de rolhas no orifício do folículo. 

– idade: na adolescência há secreção de hormônios responsáveis pelos caracteres sexuais secundários, os quais estimulam a produção de sebo pela glândula sebácea

– abuso de substâncias oleosas na pele e altas temperaturas: aumentam a chance de oclusão do folículo, determinando e/ou agravando a acne.

De uma forma bem simplificada para facilitar o entendimento as lesões surgem em decorrência de vários eventos: as glândulas sebáceas produzem sebo em excesso que não consegue ser eliminado adequadamente em virtude da obstrução do orifício do folículo. Essa secreção retida, contribui para a proliferação bacteriana, e produção de substâncias que levam a inflamação e surgimento de lesões.

As lesões podem surgir na face, região peitoral e/ou costas.

Dependendo do tipo de lesão, da associação de lesões implicando diretamente na gravidade clínica, a acne pode ser dividida em 5 graus:

– Acne grau I: predominam os comedões, conhecidos popularmente como cravos. Eles são de dois tipos: os comedões abertos (poros abertos com material escuro no centro) e os comedões fechados (pequenas elevações da mesma cor da pele).

– Acne GII: além dos comedões se somam lesões inflamadas, pequenas elevações avermelhadas (pápulas) e  pústulas (conhecidas como espinhas).

– Acne GIII: às lesões anteriores presentes no Grau II, ainda surgem elevações maiores, muitas vezes dolorosas, avermelhadas e profundas, que são os nódulos. 

– Acne GIV: associadas a todas as alterações já descritas, surgem lesões císticas, que não lesões maiores, dolorosas, amolecidas, com secreção no seu interior.

– Acne GV ou fulminans: além do acometimento da pele o paciente apresenta febre, dores no corpo e nas articulações. 

O tratamento será indicado pelo Dermatologista depende do grau em que o paciente se encontra, sendo possível a prescrição apenas de medicações tópicas, associadas ou não ao tratamento sistêmico. Algumas vezes para tentar acelerar a resposta a terapêutica podem ser indicados peelings, máscara de LED, microdermoabrasão e intradermoterapia.

Diante de todas as possibilidades existentes hoje para tratamento medicamentoso  da acne, fica difícil entender a opção de não tratar, de  aguardar o término da adolescência. Muitas vezes as marcas (cicatrizes) deixadas pelas lesões são permanentes e indesejáveis.

Autora:

Luciana Gadelha
CRM PB 4644
RQE 2551

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