DERMATITE SEBORRÉICA

A dermatite seborreica é uma afecção crônica, frequente, recorrente, não contagiosa, que ocorre em áreas ricas em glândulas sebáceas e em regiões com dobras.

Sua causa é desconhecida, mas  há uma predisposição familiar, sendo mais frequente nos homens com pico de incidência aos 40 anos.  Pode também ocorrer nos lactentes, em virtude da ação dos hormônios maternos, que passaram através da placenta. Nesse grupo é autolimitada, ou seja, desaparece na maioria das vezes sem tratamento.

O calor, a umidade, o uso de roupas que retém suor e sebum, tensão emocional, alcoolismo, ingestão excessiva de carboidratos e condimentos são fatores que podem desencadear a dermatite seborreica em pessoas predispostas. Portadores de siringomielia, poliomielite, Parkinson, sequelados de AVC, Síndrome de Down e Aids têm uma maior chance de desenvolver quadros mais exuberantes.

Nos lactentes,  aparece mais frequentemente no primeiro mês de vida e as áreas mais acometidas são couro cabeludo e/ou face, embora outras regiões também possam ser afetadas como região retroauricular, tronco,  dobras e região anogenital, a pele fica rosada e surgem escamas aderentes amareladas, recebendo o nome de “crosta láctea”. 

Nos adultos, é muito frequente o acometimento do couro cabeludo, levando ao aparecimento de descamação conhecida como caspa, podendo causar prurido com intensidade variável.  Outras regiões do corpo podem ser acometidas, sobretudo, onde tem maior quantidade de glândulas sebáceas, como a face (sobrancelhas, pálpebras, ao lado do nariz e atrás das orelhas) e tórax.

Como é uma doença recorrente, é muito comum a automedicação, que deve ser evitada. Os medicamentos devem ser prescritos pelo dermatologista durante as crises, de forma individualizada para cada caso, embora alguns pacientes precisem de tratamento de manutenção para evitar ou minimizar recidiva.

Autora:

Amanda Montenegro Mestre 

Aluna do 8º Período do curso de Medicina

Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba – FCMPB

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