A Esporotricose é uma infecção causada por um fungo, Sporothrix schenckii, encontrado na natureza. A transmissão ocorre pelo contato direto com a pele, na maioria das vezes lesionada, por espinhos ou galhos, mordidas e arranhaduras de animais, sobretudo gatos.
Clinicamente, pode ser apresentar de diversas formas, com acometimento da pele e/ou dos gânglios linfáticos, sendo a mais comum a forma cutâneo-linfática. As lesões podem ter aspectos variados (pápulas, nódulos, úlceras e verrucosidades) e acometer qualquer região do corpo, sendo mais frequente nos membros. Formas disseminadas e com acometimento extra cutâneo são raras e podem estar associadas a imunodepressão.
O diagnóstico é confirmado por exame direto da secreção (se houver), cultura ou biópsia com exame anátomo-patológico.
O tratamento na maioria dos casos é ambulatorial e consiste na prescrição de antifúngico oral. Apenas em casos graves, disseminados, exige tratamento hospitalar.
Para evitar a doença sempre que for manusear plantas, terra, jardim, utilize luvas, botas e roupas adequadas. Como o gato é um importante vetor, se doente deve ser tratado, nunca abandonado para evitar a disseminação da doença.
Autora:
Ana Luísa Gondim Diniz Gomes
Aluna do 8º período do Curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
Referência:
EVANDRO A, RIVITTI. Dermatologia de Sampaio e Rivitti. 4 ed. São Paulo: Artes Médicas, 2018.