É uma dermatite crônica caracterizada por pele seca, lesões avermelhadas, descamativas, que coçam muito. Geralmente, os primeiros sintomas surgem na infância, podendo se estender até a vida adulta.
Sua causa está ligada sobretudo ao fator genético, no entanto o fator ambiental e emocional podem ser elementos de piora. É mais comum ocorrer em pessoas cujos pais/irmãos apresentam dermatite atópica, ou outra manifestação de atopia, como asma e rinite.
A pele do paciente atópico apresenta alterações na barreira cutânea, na resposta imunológica da pele, alteração do Ph e ainda ocorre perda transepidérmica de água, razões que explicam a pele ressecada e maior predisposição para de infecções da pele.
Curiosamente, os locais de acometimento variam de acordo com a idade. Em recém nascidos, é mais frequente no couro cabeludo e na face (poupando o centro facial), além de superfícies extensoras de extremidades, já em crianças maiores e adultos as lesões se localizam em regiões de dobras, como joelho e cotovelo, além de acometer pescoço e pálpebras.
Não são necessários exames complementares para o diagnóstico, apenas a avaliação clínica.
O tratamento visa reduzir o prurido e controlar as lesões, reduzindo o número de crises. Um dos principais fatores desencadeantes é o ressecamento da pele, por isso é essencial o uso de hidratantes durante não apenas as crises, mas de forma regular e contínua.
Algumas orientações para os pacientes:
– o banho deve ser rápido
– prefira sabonetes sindet (converse com seu dermatologista)
– não use buchas para esfregar a pele, nem qualquer outra forma de esfoliação
– o hidratante é obrigatório após o banho, mesmo entre as crises
– não repita a prescrição, não se automedique.
Autora:
Aluna: Ana Raíssa de Melo Andrada Loureiro
Faculdade Ciências Médicas da Paraíba – FCM/Afya
Período: P9-A (interna de medicina)
Referências:
KIM J, et al. Allergy Asthma Proc. 2019
AZULAY, R.D; AZULAY, D.R; AZULAY-ABULAFIA, L. Dermatologia. Rio de janeiro: Guanabara Koogan. 6ed, 2015. Parte 6, cap. 15, p. 183-189.