Popularmente conhecida como “Sarna”, a escabiose é uma afecção da pele ocasionada por um ácaro, Sarcoptes scabiei, var. hominis, comum até os dias atuais.
Sua transmissão é feita pelo contato pessoal. Surgem pequenas lesões (manchas ou pápulas) acompanhadas de prurido (coceira), o sintomas mais frequente, sendo mais intenso à noite. Os locais do corpo mais acometidos são: punhos, mãos, axilas, mamas, cintura, nádegas e região genital. Nas crianças, é comum o acometimento também da região palmo-plantar, couro cabeludo e pescoço. Devido ao ato de coçar, as lesões ficam escoriadas e bactérias podem contaminar secundariamente. Em pacientes imunodeprimidos, desnutridos e com higiene precária, pode ocorrer uma hiper infestação parasitária com surgimento de um quadro mais exuberante, com lesões disseminadas, descamativas e crostosas, caracterizando a Sarna Crostosa.
O diagnóstico da escabiose geralmente é clínico, suspeitado quando há relato de prurido intenso e lesões nas áreas de preferência da doença, além do acometimento dos familiares. O uso do dermatoscópico pode auxiliar no diagnóstico.
O tratamento da doença deve ser feito sob orientação médica e todos os contatos intradomiciliares devem ser medicados, mesmo que estejam assintomáticos. Para evitar reinfecção, durante o tratamento, usar uma roupa somente uma vez e trocar diariamente a toalha e os lençóis.
Autora:
Ana Luísa Gondim Diniz Gomes
Aluna do 8º período do Curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
Referência:
EVANDRO A, RIVITTI. Dermatologia de Sampaio e Rivitti. 4 ed. São Paulo: Artes Médicas, 2018.
