A pediculose é a infestação do couro cabeludo ou da pele por piolhos que são pequenos insetos hematófagos (se alimentam de sangue).
Existem 3 tipos de pediculose: dos cabelos, do corpo e do púbis.
A transmissão ocorre pelo contato com um portador ou compartilhamento de objetos contaminados (chapéus, pentes e escovas de cabelo, roupas) e no caso da pediculose pubiana, pelo contato sexual.
O principal sintoma no couro cabeludo é o prurido (coceira) sendo comum surgir também uma dermatite no pescoço. As lêndeas são facilmente reconhecidas, como pontos brancos, aderidos aos fios dos cabelos enquanto os piolhos são mais difíceis, sobretudo em cabelos escuros, pois se confundem com a haste capilar, e se encontram próximo à pele na raiz do cabelo, com parte da cabeça introduzida na pele.
Na pediculose do corpo são encontradas manchas rosadas e avermelhadas pruriginosas, escoriações (pequenos arranhões) e crostas (casquinhas escuras), principalmente no tronco, no glúteo e abdome. Já na pediculose pubiana, o parasita também conhecido por “chato”, afeta os pêlos da região genitoanal causando coceira e surgimento de manchas rosadas, acastanhadas e/ou violáceas, além de crostas hemáticas.
O tratamento deve ser orientado por um médico, sempre evite automedicação e tratamentos caseiros, pelo risco de irritações, alergias e atraso na cura.
A seguir, veja algumas medidas que devem ser adotadas sempre associadas ao medicamento prescrito pelo médico:
- Se você está tratando pediculose do corpo ou pubis, só utilize uma roupa uma vez. Lave com água e sabão, deixe secar sob sol quente e depois passe ferro antes de usar.
- Se é portador de pediculose do couro cabeludo, após uso do xampu, aplique uma solução de água e vinagre, numa proporção de 1:1, ou seja num copo de 200ml, coloque 100ml de água e 100 ml de vinagre, aplique nos cabelos úmidos e não enxágue. Essa solução irá ajudar a soltar as lêndeas. Depois peça para alguém removê-las manualmente ou com pente fino.
- Em qualquer das formas de pediculose, os familiares ou pessoas do seu convívio precisam ser examinados e tratados caso estejam também contaminados.
Autora:
Yanne Moreira Leite Loureiro
Aluna do 8º Período do Curso de Medicina
Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba
Referências:
Anais Brasileiros de Dermatologia www.anaisdedermatologia.org.br EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA Atualização em dermatoses parasitárias
https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/pediculose-piolho/16/
http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2206-pediculose-da-cabeca-piolhos