Diversidade e tolerância, sem sombra de dúvidas, são as palavras chaves da atualidade. A canadense, Winnie Harlow foi a primeira modelo a desfilar em uma passarela de destaque, exibindo a pele com manchas brancas numa atitude inspiradora de auto aceitação e quebrando paradigmas. Talvez a personalidade mais famosa que assumiu ter vitiligo foi Michael Jackson, sendo possível encontrarmos algumas fotos do início da carreira, exibindo as manchas. Não se sabe se por falha no tratamento ou se por não aceitação da aparência, fato é que o rei do pop fez uso de medicamentos para despigmentar as áreas sadias, e aos poucos foi aparecendo com a pele mais clara sofrendo duras críticas.
Nos dois casos, as manchas eram causadas pelo Vitiligo que consiste na perda da coloração habitual da pele em virtude da diminuição ou ausência de melanócitos, que são células responsáveis pela formação da melanina. Durante anos, várias hipóteses tentaram explicar a causa, sendo a teoria autoimune atualmente a mais aceita.
Não há outros sintomas, o único sinal é o surgimento de manchas claras na pele com evolução imprevisível, havendo casos de rápida progressão e outros com poucas manchas que logo estabilizam.
Se por um lado a despigmentação causa efeitos negativos na autoestima gerando ansiedade e depressão, por outro lado, o estresse e traumas psicológicos podem agravar a doença e contribuir para sua evolução.
Na maioria das vezes o diagnóstico é feito clinicamente, podendo ser confirmado com a biópsia da pele, estudo anátomo-patológico e imunohistoquímico.
O tratamento é proposto de forma individualizada e depende da extensão, da evolução e da idade do paciente, existindo a possibilidade de tratamento tópico e/ou sistêmico, sendo muito frequente recaídas independente da forma de tratamento escolhido.
Autora:
Manuella Fagundes Damaceno Sarmento
9° período de medicina
Referências:
Vitiligo. Sociedade Brasileira de Dermatologia, 2021. Disponível em: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/vitiligo/21/ Acessado em: 13 de Julho de 2021.
STEINER, et al. Vitiligo. An Brás Dermatol, v. 79, n. 3, p. 335-351, maio/jun 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abd/a/VWZFwJY5MmcBmGCxpFcKMzG/?lang=pt&format=pdf Acessado em: 13 de Julho de 2021.
